[Capítulo 11] Meu primeiro Flashback...

Acordei e olhei para o relógio, já havia passado das 8h e eu estava atrasado pra escola. Dei um pulo da cama e corri para o bainheiro. Eu liguei o chuveiro, esperando que ele esquentasse enquanto eu tirava o pijama e o jogava dentro do cesto. Entrei no box e o chão estava quente, provavelmente por causa da água. Eu estiquei a mão para a água e me queimei, havia esquecido de abrir a torneira do frio para que a água ficasse morna. Manobrei meu braço por volta da água que caia e consegui abrir o registro sem que me queimasse novamente. Dalí em diante o banho foi como de costume nos dias de semana. Tomei um rápido banho de 20min e, após sair do banheiro, me vesti e escovei os dentes em menos de 10min. Já eram 8h30 quando eu desci correndo lá pra baixo e entrei na cozinha. Eu peguei com a boca a torrada em cima do prato enquanto minha mãe, meu pai e meu avô reclamavam do meu atraso e eu usava as mãos para arrumar a mochila nos ombros. Sai de casa correndo e fui da mesma maneira em direção à escola.
Cheguei lá com cerca de dez minutos adiantado, a corrida havia ajudado bastante, apesar de me deixar suando pra caramba. Eu já havia engolido totalmente a torrado no caminha e fui correndo pra sala. Cheguei lá e sentei no lugar de costume: perto de meu amigo Marik e bem longe daquele valentão do Bruce. Era dia 1º de Setembro de 2005, as aulas já haviam voltado a pouco e aquele seria um dia especial, pelo menos era isso que eu estava sentindo.
A aula começou e se estendeu até a hora do almoço. Sempre tive medo de que Bruce, como no ano anterior, me pegasse saindo da aula e me desse uma daquelas surras junto com seu grupo de Bullys. Por este motivo eu, desde então, trouxe meu almoço de casa, que minha mãe já deixava prontinho na mochila antes de dormir. Eu peguei a sacola de dentro da minha mochila, abri-a e vi um belo sandwiche e uma caçulinha. Comi o sandwiche e deixei a caçulinha descançar um pouco mais, ainda com um pouco de medo de que ela estorasse depois de tanto movimento vindo para a escola. Marik, por não ter medo de Bruce ia almoçar normalmente e voltava depois.
Ele chegou na sala e nós fomos até o pátio. Andamos até achar o nosso "esconderijo": um pequeno banquinho abandonado na parte de trás da escola, ninguém conhecia lá além da gente, por isso sempre nos escondiamos dos bullys lá. Ele também não havia bebido sua bebida, já que, como de costume, nós só bebiamos enquanto estavamos lá conversando. Tivemos uma boa conversa e falamos de coisas que nos aconteceram no fim de semana. O sinal bateu e nós sobimos novamente para a segunda aula.
A segunda aula também acabou e, por hoje eu ir para a casa de Marik que fica um pouco mais longe do que a minha, nós fomos para o ponto de trem mais próximo e ficamos lá esperando o nosso passar. Passaram-se alguns minutos e eu ouvi uma voz familiar. Olhei para trás e Bruce descia as escadas do metrô. Me amedrontei um pouco e reclamei com Marik:
-- Ei! Você não disse que ele... - disse eu apontando para o Bruce e seu grupo na escada - ...pegava este metrô!
-- Ah, ele pega este é? Eu não sabia...- falava ele com um claro sarcasmo
-- Nem vem Marik! É claro que você sabia! Você pega este metrô todo dia!
-- É! Eu sabia sim! E daí?
-- E daí que você sabe da surra que eu levei ano passado! Por que você me trouxe até aqui se sabia que ele ficava aqui? Sua mãe não esta ocupada para não poder pegar a gente coisa nenhuma né?!
-- Não Kai, ela não tem compromisso nenhum! Eu trouxe você aqui porque você tem que encarar seu medo amigo! Você não pode conviver com isso a vida toda!
-- Mas eu posso conviver até EU estar pronto para enfrentá-lo!
-- Entenda Kai! Você... - de repente eu parei de ouvir ele e comecei a ouvir inúmeras vozes. Algo de errado estava acontecendo. Com um pouco de esforço eu consegui voltar a ouvir um pouco da voz que vinha de Marik - "Que garoto idiota! Esse Kai é mesmo um medroso idiota!"
-- Ei! Não me xingue!
-- " O que? Eu não xinguei ele! O que ele esta pensando? Será que está maluco?" - dizia ele, estranhamente, sem concordar com os movimentos bucais. Era muito estranho! Eu olhei em volta e muitas pessoas das quais eu ouvia vozes não estavam movendo a boca nem por um milimetro
-- AAAAAAAAAHHHHHHH!!!!!!!!!!! - berrei eu, tentando parar com as vozes em minha cabeça, e funcionou, mas...
-- Olha quem esta aí: é Kai, o viado covardão! - dizia Bruce que, como todos os outros nos 100km de distancia dali, havia me percebido por meu grito - Finalmente tomou coragem e decidiu parar de viadagem para vir pra cima?
-- Viu o que deu Kai? - repreendia-me Marik pelo grito - Ele percebeu você, agora parte pra ci... - a voz dele calou de novo, mas deste vez eu parei de ouvir tantas vozes para ouvir só uma : a voz de Bruce que, como antes, não correspondia ao que seus lábios diziam: nada.
-- "Ótimo! Vou acabar com esta bixa jogando ela no trem!" - dizia e ecoava em minha mente somente a voz dele, somente iterrompida pelo barulho do trem chegando.
Naquela hora eu me senti com muito medo. Se o que eu ouvi estivesse certo eu morreria naquela hora. Vi o garoto se posicionar para correr em minha direção e me empurrar para os trilhos e já fui empurrando marik para o lado de uma forma que ele não caisse no caminho do trem. Bruce veio correndo em alta velocidade em minha direção e eu corri sem parar para o lado, esperando que ele percebesse que havia sido descberto e viesse novamente atrás de mim.
Eu estava Errado!
Eu sai correndo, mas ele só percebeu pouco tempo depois. pelo meu ver, se ele tivesse equilibrio ele conseguiria se segurar e voltar a correr, mas ele tropeçou em um pequeno pedaço de papel no chão escorregadio que havia caido de meu bolso quando eu corri. Ele escorregou e ia quase caindo quando o trem passou e levou o corpo todo tão rápido que deixou o pé intacto e caído na borda dos trilhos. Fiquei pasmo com o acontecido. Um garoto acabara de ser levado por um trem e desepedaçado bem na minha frente. Grande parte do frontal do trem estava ensanguentada, além claro da borda onde se encotrava seu pé e na roupa de algumas pessoas muito perto do local.
Novamente um batalhão de vozes que não estavam saindo da boca de ninguém, mas depois de alguns segundos eu ouvi uma voz que, ao invés de pertencer a algum dalí, pertencia a alguém que estava lá em cima dizendo:
-- "Corre!"
Obedeci a voz e comecei a correr junto de inúmeros amedrontados que fugiram do sítio. Desde aquele dia me sinto mal e ao mesmo tempo aliviado com o que aconteceu. Não sabia porque havia ouvido aquelas vozes estranhas que me salvaram e levaram a vida de um Bully. Esatava muito confuso e, aos plenos 12 anos e na 6ª série, sentia que algo a mais crescia em minha vida, algo muito importante.
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Obs¹: Qualquer dúvida de vocabulário podem perguntar...
Obs²: Antes que digam que eu estava lenso a mente deles, eu estava ouvindo seus espiritos! De alguma forma^^...

Eu achei que você ficou muito escravo do tempo, uma vez em que detalha cada hora e minuto das ações de seu personagens, mas sei que isso faz parte do seu objetivo de enrolação

Não mais amigo, na verdade eu quis descrever bastante mesmo, já que isso vai durar um temporada inteira como pode ver no meu esconderijo, cujo link está abaixo... Pode ver que estou a separar os capítulos normais que são dez desta pequena temporada, composta de poucos capítulos, mas todos sendo Flashbacks^^...

Desculpa a demora! Vou ler agora o seguinte. Bom filler x)