Treino 1 - Isto aqui é demasiado populoso
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Treino 1 - Isto aqui é demasiado populoso
Treino 1
Isto aqui é demasiado populoso
Isto aqui é demasiado populoso
Eram oito e meia da manhã de domingo e eu já estava acordada. Um mês e uns quantos dias já tinham passado e eu ainda não tinha arrumado completamente o meu quarto. Como o meu pai agora tinha um ordenado muito maior, deixaram-me decorar a minha divisão da casa. Contudo eu ainda estava a tratar disso. Como não me apetecia fazer essa tarefa estava sempre a arranjar formas possíveis de a adiar.
Sai discretamente de casa usando umas calças de ganga escura estreitas, uma t’shirt básica vermelha escura que dizia “Pepe Jeans”, um casaco desportivo fino às ricas cinzentas e pretas e uns ténis pretos da Sprinfield. Ah, e o colar que a Natalie me deu, claro.
Fui em direção ao SUV e de seguida conduzi até encontrar o cemitério local, não muito longe de onde eu viva. Como é normal, o cemitério estava fechado a cadeado e tinha uma câmara de segurança à porta. Estacionei na rua anterior e fui a pé até à parede lateral do cemitério. Perto dessa parede havia uma árvore com os troncos fortes. Subi-a e saltei para dentro do cemitério.
Aquele lugar inundava-me com uma sensação estranha. Morte. Em todo o lado. Prendia a minha atenção fosse qual fosse o canto para o qual eu olhasse. Avancei determinada até o que me parecia ser o centro do cemitério. Escutava vozes e sentia presenças, daqueles que já não deviam por aqui andar, em todo o lado.
– Olhem só quem nos veio visitar! – Disse alguém, provavelmente uma mulher idosa, com uma voz trocista. – Uma médium! E é das corajosas, para vir para um cemitério… Que fazes aqui, queridinha?
– Óh, eu acho que é adorável! – Disse um homem, na sua meia-idade, sentindo a sua presença mesmo atrás de mim. – Uma menina como tu não devia estar a divertir-se com os amigos? Ou melhor, não devia estar a domir? Ainda é muito cedo, menina.
– É verdade? Ela consegue ouvir-nos? – Perguntou uma rapariga jovem. – Mas… ela nem diz nada!
Pois não, eu não estava a dizer nada. Tinha fechado os olhos e estava a concentrar-me em cada um que falava. Pelo que diziam percebia-se facilmente quem estava neste sítio há muito ou há pouco tempo.
– Se calhar veio para morrer também! Haha! Isto está um pouco cheio mas continua a haver espaço suficiente para ti, queridinha! – Disse a mesma voz idosa de há instantes. – Nunca soube o que acontece aos Médium quando morrem.
– Se calhar é mesmo isso que lhes acontece. Morrem. Não será? – Respondi-lhe eu, com um toque de impaciência na voz por pensarem que eu era vulnerável.
– Ah, afinal fala! – A rapariga que há pouco tinha duvidado da minha capacidade de os ouvir tinha falado neste instante.
– E então, o que é que te trás aqui, menina, ao Mundo dos mortos? – Perguntou-me o mesmo homem que já tinha falado comigo.
– Vim passear. – Disse, encenando um sorriso alegre. – Mentira, não vim aqui por nenhuma razão especial. – Expliquei, adotando uma cara séria.
– Todos nós andamos aqui por uma razão especial. – Contrapôs uma voz que eu conhecia. Era uma rapariga pequena.
– Está bem. Eu pensei: bem, se todos os espíritos que me encontram me podem chatear por motivos insignificantes, porque é que eu não lhes farei o mesmo? – Disse, sinceramente. – Isto por aqui nem é muito mau, é… imensamente populoso. – Está bem, talvez tivesse mentido acerca de não ser muito mau, mas nenhum deles percebeu.
– Wow! Vais ser a nossa nova terapeuta? – Gritou alguém perto de mim, cheio de euforia. – Vais ajudar-nos a passar para o outro lado?!
– Os espíritos não precisam de atravessar a estrada, acho eu. – Foi uma piada foleira, eu sei, mas aquele merecia. – Vocês não precisam de ajuda nenhuma, já podiam ter ido, só não quiseram.
– Hey, sou só eu que acho que ela é estranha? – Perguntou ao grupo um rapaz que pela voz parecia um adolescente. – Eu sei que nunca encontrei um Médium na minha vida… ou morte, mas eles não têm por hábito ajudar as almas penadas como nós?
– Esta deve ser a ovelha negra da família… – Voltou novamente a falar a idosa porta-voz. – Ahm, mas não te preocupes, queridinha! Nós integramos qualquer um! Até mesmo uma Médium antissocial!
– Deixem lá, eu não me quero integrar. – Encolhi os ombros. – Bem, foi muito engraçado falar com vocês, são todos muito porreiros e interessantes. – Disse, enquanto virava as costas e começava a andar para o sítio por onde tinha entrado.
– Oh, não vás! Por favor! Eu não gosto disto aqui! – Suplicou a rapariga pequena.
Contudo, não lhe respondi. No final de tudo, era ali que ela pertencia. E em parte, também eu, mas eu continuava viva e ela não.
Assim que sai do cemitério estava a contar que aquele mal-estar desaparece-se. Mas foi o contrário, intensificou-se.
– Tu realmente és estranha. Até vais para cemitérios passar o tempo. – Olhem olhem, quem é que já não está amuado. – E depois eu é que sou uma assombração de xilofone.
– Olá, Jonas. – Disse-lhe, sarcasticamente. – O que é que queres?
– Fazer-te companhia, nada mais. – Pois está bem então!
Quando dobrei a esquina do cemitério para ir para a rua onde tinha estacionado o SUV vi um homem a passear uns 6 cães de trela. Havia um Dogue Alemão, um Schipperke, dois Pastores dos Pirinéus e dois Mudi. Enquanto segurava as trelas ouvia música num ipod nano que estava preso ao braço.
– Se eu fosse a ti tinha cuidado… Com os cachorrinhos. – Ele riu-se e depois deixei de sentir a sua presença.
– Heim? – Franzi o sobrolho, sem perceber o que ele queria dizer com aquilo.
Depois os cães fixaram o olhar em mim. Parados. Simplesmente a olhar-me como se fosse um grande alvo vermelho.
– Aquele grandessíssimo anormal… – Disse, matando-o mais do que uma vez mentalmente. – Vais ficar mais morto do que já estás!
Os 5 cães que eram pequenos largaram numa corrida desenfreada em direção a mim. O homem só conseguiu segurar o Dogue Alemão que passeava porque, surpreendentemente, tinha ficado calmo, mas deixou todos os outros fugir.
Todos eles vinham na minha direção a arreganhar os dentes e a ladrar como se não houvesse amanhã. E eu sabia porquê. Foi o Jonas, ele sabia que os cães têm uma relação crítica com os espíritos, não gostam deles porque não é suposto eles cá andarem, são presenças estranhas. O Jonas estava algures perto de mim, eu sentia-o, e sabia que não ia sair de lá enquanto os cães não me apanhassem.
Assim que eles ficaram mais perto de mim, concentrei-me e respirei profundamente, depois ordenei-lhes firmemente:
– Parem. – Eles deixaram de correr e ficaram onde estavam. Coloquei-me de cócoras enquanto ainda tinha os cães sob hipnose. – Andem cá. Sentem. Ele já se foi embora, podem descansar.
Os cães ficaram submissos outra vez. O homem que os passeava foi a correr ter comigo e desculpou-se, preocupado com o que podia ter acontecido. Eu estava a fazer-lhes festas no momento em que encenei o meu sorriso mais doce e disse para ele não se preocupar, porque eu adorava cães. E ele acreditou. Teatro, aqui vou eu.
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Re: Treino 1 - Isto aqui é demasiado populoso
Eu não quero ser desagradável, mas será que alguém podia avaliar isto sff? :3
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Re: Treino 1 - Isto aqui é demasiado populoso
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Dei-te dois pontos, em Medium, porque andaste no cemitério e sentiste umas quantas presenças e conseguiste ouvir nitidamente o que eles diziam. Fiquei um bocado sem saber como avaliar porque não é um poder que possas decidir quando usar... Tá sempre activo, o desgraçado do poder... E é isto, se discordares de alguma coisa avisa ^^
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Hipnose animal - 0,5
Dei-te dois pontos, em Medium, porque andaste no cemitério e sentiste umas quantas presenças e conseguiste ouvir nitidamente o que eles diziam. Fiquei um bocado sem saber como avaliar porque não é um poder que possas decidir quando usar... Tá sempre activo, o desgraçado do poder... E é isto, se discordares de alguma coisa avisa ^^
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