Chapter 16 - Shitload of P...

Ali estava eu, cercado, com uma dúzia de olhos postos em mim. Se não fosse com eles, iria haver uma luta. Mas não tinha qualquer motivo para ir com eles, para além da sensação de já os conhecer, devido aos vestígios da existência de um tal Noctis. Não partilhava os seus objectivos e ideais, nem os da Abstergo, para que conste. Apenas os meus e por vezes nem os tinha. A vida ensinara-me essencialmente uma coisa: a sobreviver.
- Então como vai ser? Vens connosco a bem ou a mal?
- Neither...
Afastei-lhe o braço esquerdo, que segurava a sua arma, avancei a minha perna direita e empurrei-o para o chão. Senti duas pessoas a moverem-se pela retaguarda e usei o meu corpo para os impulsionar para a frente fazendo os cair de rabo no chão. Puxei-lhes pelas cabeças e levei-as ao chão com força, deixando-os inconscientes. Um golpe nas pernas roubou-me o equilíbrio e caí de joelhos no chão. Instintivamente, rodei o cotovelo acertando em cheio nas bolas do agressor. Elevei o braço e atirei-o, por cima do ombro contra o solo. Ainda com um joelho no chão, outro individuo aproximou-se. Virei-me, agarrando-lhe o joelho, projectei-me contra ele, ficando por cima e desferi-lhe um golpe com o cotovelo no maxilar que o deixou caído, provavelmente partido. Levantei-me, já saboreando a vitória quando senti o metal frio no pescoço.
- Quieto! - disse uma voz feminina - Vais virar-te lentamente, quando eu disser. Se fizeres alguma coisa, estoiro-te os miolos... - disse a rapariga com a voz trémula.
Quando me ordenou, virei-me, com as mãos no ar. Mesmo com o capuz, conseguia ver os seus longos cabelos doirados. As suas mãos tremiam enquanto erguiam a arma apontada a mim. Inclinei-me ligeiramente para ver a sua cara.
- Quieto!
- Vais disparar?
- Vou...
- Consegues disparar, novata?
- Cuidado, não sou novata nenhuma!
- Mentirosa. Os teus olhos não mostram confiança, os olhos de um novato. E as tuas mãos tremem. Nunca disparaste contra ninguém.
- Falas demasiado...
- Novata...
- Já te disse que não sou novata! - interrompeu.
- You haven't even taken the safety off rookie...
Dei uma pancada na arma, projectando-a para longe.
- Como? Nós éramos seis.
- Vocês são muito verdes... O instinto de sobrevivência não se aprende em treino algum. É preciso estar no campo de batalha, ver alguns camaradas ir pelos ares para desenvolver este "sexto sentido"... See ya. - Comecei a andar em direcção à base, descontraído.
- Espera! Noctis.
Olhei para trás e a rapariga vinha na minha direcção, a correr, sem capuz. Pôde ver os seus olhos verdes, brilhantes. Tinha um ar de desespero estampado no rosto.
- Eu não sou o Noctis...
- Então onde é que ele está? - perguntou, tinha uma lágrima no canto do olho - Tens de ser tu... Não sei o que aconteceu, mas és tu. Os teus olhos, são os mesmos. Tu és o Noctis! - O nome dela veio-me à cabeça.
- Amanda... Ele desapareceu. Sei tanto como tu.
A rapariga desfez-se em lágrimas e um sentimento angustiante possuiu-me. Nunca tinha sentido nada do género. Já tinha visto muita gente chorar. Soldados assustados e os seus familiares, nos funerais. Um soldado assustado não durava em campo. Mas nunca me tinha afectado e agora, ver a Amanda a chorar era perturbante.
- Tenho a certeza que ele está vivo, algures - Nem que fosse enclausurado na minha mente - Vai-te embora. Vocês não estão prontos para isto. Na guerra, um milissegundo pode fazer a diferença entre a vida e a morte...
- Se não és o Noctis, como te chamas?
- Snake...
- O teu nome verdadeiro...
- Jack.
Afastei-me e entrei na base. Reparei que acidentalmente a caixa do Codec tinha sido desligada. Voltei a ligá-la e ajustei-a à frequência do Major.
- Major Zero... Snake reporting.
- SNAKE! ONDE É QUE TE METESTE!
- Um pequeno problema...o Codec desligou-se. Estou no interior da base.
- E o que é que se passa?
- É melhor chamar a Casa Branca.
- Porquê!?
- Porque isto está cheio de armas. Suficientes para um exército extenso. Para além disso, há canos gigantes, de tanques. E há algo pior.
- O quê?
- The Flying Bull Project.
- Impossível... Esse projecto foi cancelado. Era demasiado caro e a possibilidade de falha era maior que 90%.
- Parece-me bastante sólido. Existem seis pares de asas blindadas, com canhões M-84AS. Se já estão a produzir a este ritmo, deve estar funcional.
- De que é que estão a falar? - perguntou a paramédica.
- Era um projecto da Abstergo. Um avião com a resistência de um tanque. Dois canhões principais com um alcance de vários quilómetros e um poder de destruição ainda maior. Havia um problema em manter o avião no ar, com tanto peso, da blindagem e para fixar as asas. Os canhões arrancavam a asa do avião mesmo sem ele se mexer.
- Major... Isto é só o primeiro nível. O elevador indica que existem pelo menos mais cinco. Receio que isto não seja o projecto principal.
- Vou contactar o presidente.
- Major, we're gonna need the NEST, DIA and the NSA! Don't bother calling the Homeland Security jerks.
- Porquê!? O que se passa?
- Fuck... Plutónio, montes de plutónio.

Nossa, que plano maléfico é que esses tipos andam a planear? ._.
eish, o jack a sucumbir às lagrimas de uma rapariga... feel the power!
É bom continuar a ler coisas tuas, don't you dare stop ^^

Vais descobrir ^^
A história é capaz de andar mais lenta agora que começou a fazer sol, nesta nica de terra no meio do Atlântico xD Com sorte tenho outra onda de inspiração e mando mais três fillers de seguida xD
Thank you for reading

Muito bom, estou a gostar.

Dá para ver que há um pouco do Noctis no Jake, só falta começar a falar em italiano. xDD

Keep going. ^^