Êxodo | VII - Trevas

Ninguém parecia desconfiar de tudo aquilo. Entrava sorrateiro pelo edifício com os seus cabelos esverdeados pelo ar. Era de noite e todos dormiam àquelas horas. Enquanto isso o misterioso penetra trauteava uma música por si inventada. Com uns sapatos um tanto ou quanto esquisitos, acabavam nas pontas com um caracol pontiagudo como se fosse calçado de elfo vindo de um conto. As suas pernas estreitas engessadas por collants às riscas pretas e roxas caminhavam uma à frente da outra a cada passada. Entrou num dos quartos onde estava uma rapariga a dormir, não era propriamente gira, mas também não era propriamente feia. O seu cabelo era acastanhado mas a fugir para o vermelho.
-- Quem tem medo do Lobo Mau, do Lobo Mau? – Começou ele a cantar mais audivelmente, mas ela não acordava.
No quarto ao lado um rapaz sonhava com pensamentos macabros e intenções assassinas. Rodava na cama como se tivesse a ter uma pesadelo, pois sentia uma forte intenção assassina no ar. Era Tobi Newgate, sem saber lia os pensamentos do rapaz de cabelo verde e estranhos sapatos, mas deixava-se dormir, pensava que era um pesadelo. Agitado na cama e a suar naquele Inverno, finalmente acordou com tudo aquilo.
-- Ufa, foi só um sonho. – Disse para si.
Destapou-se com calor e voltou a encostar a cabeça na almofada, adormeceu de imediato. Os pensamentos do rapaz de verde não o voltaram a incomodar, até porque ele já tinha terminado o que lá tinha ido fazer. Acordou quase de manhã com frio, puxou os lençóis e deitou-se.

Já de manhã acordou depois dos outros dois. Ansik já estava vestido e sentado na cadeira da secretária a atirar-lhe papéis enrolados para a cara para o tentar acordar. Zé estava na outra ponta do quarto deitado na rede que estes tinham pendurado num barrote que atravessava o quarto, e ria às gargalhadas da figura que o Noruguês estava a fazer. Desta vez os três iam juntos para a Universidade, combinaram parar no caminha numa pastelaria que tinham descoberto à pouco tempo, uma espécie de concurso para ver quem ficava com a empregada primeiro.
Iam a descer as escadas quando viram duas rapariga sentadas a chorar e um rapaz também muito cabisbaixo a reconforta-las. Chegaram lá fora e viram vários alunos da sua Universidade, alguns do mesmo curso outros nem tantos. As expressões amarguradas e confusas preenchiam aquela multidão. Foi quando nas escadas da Residência dois bombeiros saíam com uma maca e um corpo dentro de um saco, encaminharam-no para a ambulância. Alguém tinha morrido.
Tobi aproximou-se de Clara, a feia de Arquitectura que usava uns óculos fundo de garrafa. A rapariga parecia estar mais sossegada que as restantes pessoas.
-- Que se passou aqui Clara? – Inquiriu o Noruguês chocado com a situação.
-- Humm, olá Tobi. Uma rapariga de Ciências, o mesmo curso que o teu amigo. – Ela referia-se a Ansik. – Era a Eduarda das Mamas Grandes, como lhe apelidaram os rapazes. Morreu não se sabe como, mas foi encontrada morta de manhã. Estava branca e não tinha sangue nenhum no corpo.
-- Se não havia sangue, talvez um AVC ou parecido, não sabia que a Eduarda tinha problemas desses.
-- Não estás a perceber Tobi, não me estou a referia a vestígios de sangue. Ela não tinha sangue nenhum no corpo, os vasos sanguíneos estavam limpos, não corria lá nada. Zero por cento de sangue.
-- O quê? – Disse ele abismado com a notícia. O rapaz parecia ter ficado chocado com tudo aquilo, primeiro ela morrera, depois não havia qualquer sangue. Do que se tratava aquilo? Assassinato? Tinha de sair dali o mais de pressa, estava-se a sentir mal e não queria nada dar a sua parte fraca.
Zé reparou que o amigo estava a ficar branco e não se estava a sentir bem. Deixaram Ansik para trás com os seus colegas de curso que estavam também muito abalados. Acabaram por ir para a Universidade sem passarem pela pastelaria. Como só entravam ao meio dia ficaram na escadaria da entrada por onde toda a gente entrava.
-- Então meu o que foi aquilo, conhecias bem a Eduarda?
-- Não nem por isso, mal falei com ela.
-- Então porque ficaste estranho meu? Estava a ver que ias desmaiar páh.
-- Obrigado Zé. – Agradeceu Tobi ao seu amigo português.
-- Mas diz lá o que se passou? – Quis saber Zé, se ele não a conhecia não era normal tudo aquilo, ou então era mesmo sensível.
-- Se te contar não acreditas e vais dizer que estou a inventar. – Disse ele sabendo que ia ser estranho, mas por outro lado ele sabia que Zé devorava todas as Bd’s e que provavelmente ia acreditar.
-- Diz lá porra…
-- Hoje há noite tive um sonho estranho, estava tipo a sentir uma intenção assassina como se estivesse a decorrer na minha mente algo sádico e assassino. Acordei depois e voltei a dormir sem problemas.
-- What the Fuck!? – Reagiu Zé recorrendo ao inglês. – Achas então que a Clara tinha razão e que a Eduarda foi assassinada?
-- Sei lá, mas é coincidência eu ter um sonho destes e de manhã uma rapariga aparece morta de causas não naturais?
-- Não sei meu, mas eu acredito em ti puto. – Disse Zé, nesse instante Tobi leu-lhe o pensamento e confirmou que o seu amigo confiava nele.


-- Nada disto é normal Tim. – Dizia Fredericia para o marido em Alesund.
-- Eu sei, mas ele está vivo. A final o que faz esta Nota de Morte?
Tinham-se passado mais de vinte e quatro horas desde que a família Newgate tinha recebido a Nota de Morte para Tobi. Ele continuava em Portugal, vivo. Apesar de uma tentativa de rapto ele estava bem. Tinha falado com os pais depois de um telefonema e apesar de estar vivo eles não estavam descansados. Algo estava errado.

Uma fragrância conhecida passava por Tobi na escadaria mas este não via ninguém, olhava em várias direcções à procura da pessoa que libertava aquela odor, mas não a encontrava, a mulher que os tinha salvo.

OH MEU DEUS. OH MEU DEUS. AMEI O.O
é tudo o que consigo dizer disto. omg! tipo.. está awesome. Continua assim o.o
E trás já o PRÓXIMO.
Juro que amei, estás de parabens! Continuaaaa

Wierd... Porque raio o Peter Pan ia fazer isso á Wendy... oh wait... wrong fairy xP

Ok esse gajo dos sapatos esquesitos é um elfo muito mau :hmm: Mas estou para ver como é que ele a matou e porque. O porque é o mais importante...

Concordo, concordo humm

Está simplesmene lindo!! Esse elfo, a Nota de Morte... mas o que mais me intriga é a mulher que liberta a tal "fragrância" :hmm:

keep it sick \m/