Chapter 8 - Little Monster [1/2]

por **mary** Sex Abr 13, 2012 1:34 am

Estava a sonhar que estava num lindo prado infinito com um vestido azul-escuro com folhos que parecia um vestido de noiva. Não havia nada lá além de um lago com água brilhante e muita erva fofa. Ali sentia paz, ali o sol não me incomodava. Quer dizer, na vida real também não sabia o que me acontecia. Se me queimava – medo – se me incomodava ou se me matava logo. O sol estava forte e batia-me nos olhos. Semicerrava-os para poder ver.
- Minha rainha. – Não podia ser. Ele outra vez? Aquela voz fez o meu coração parar por segundos. E fez-me a mim ficar tensa. Virei-me para trás.
- Mas que raio… - O homem dos olhos azuis, mostrava um sorriso perverso e parecia ter bastante interesse em mim. Não sabia o nome dele, e nunca queria saber. – O que é que queres de mim? Já não chega teres feito a minha vida num desastre?
Ele riu-se calmamente e sorriu-me. – Minha rainha –
- Eu não sou nenhuma rainha! Para de me chamar isso. – Com tudo isto perdi o respeito por ele e comecei a trata-lo por tu, em vez de você.
- Quero que te juntes a mim para toda a eternidade. – Continuou com o mesmo sorriso estupido.

- Não. – Disse determinada. – Porque é que o sol não me faz nada?
- Isto é apenas um sonho, minha rainha.
- PARA COM ISSO, PARA! PORQUE É QUE ME CHAMAS ISSO?
- Tu tens a capacidade de andar rápido, ou seja, em segundos podes estar ao pé daquele lago. – Apontou. O lago fica a uns metros de nós. – Nenhum vampiro na nossa história tem esse tipo de poder. Só nos livros, claro. – Deu uma gargalhada irónica.
- E dai? – Perguntou desinteressada.
- Não te vou deixar nunca. Vais ser a rainha de uma nova espécie de vampiros. – Tinha um ar sonhador na cara. Que me deu nojo.
- Olhe, poupa-me sim? Agora sai do meu sonho. – Ordenei.
- Não posso, tu é que me criaste aqui. Tu é que imaginaste este local, e tu é que me quiseste aqui contigo. – Sorriu muito.
- Oh homem, apenas vai-te embora. – Reclamei.
Ele semicerrou os olhos e pegou em mim pela garganta fazendo com que eu estivesse a sufocar. Cada vez tinha menos ar… Ele levou-me para o lago e meteu-me a cabeça dentro de água. Eu não conseguia aguentar, parecia que toda a cena de vampira, não existia… Até que fiquei sem ar.

Ao mesmo tempo que acordei comecei a gritar. Depois levei as mãos ao rosto respirando profundamente. De rompante, entrou Erik alarmado por ouvir o meu grito.
- Estás bem? – Ele estava todo despenteado e com uma cara de sono cómica. Em vez de lhe responder comecei a rir-me da figura dele. – Qual é a piada?
- O teu cabelo ó ruivinho. – Ri-me. Ele revirou os olhos. – Tive um pesadelo com o homem que nos transformou.
Ele aproximou-se sentando no fundo da cama e olhou para mim.
- Ele disse que eu sou uma rainha de uma nova espécie de vampiros. Que nunca me ia deixar e que eu tinha de estar com ele. – Baixei o olhar e suspirei.
- É só um sonho, deixa lá. – Tentou confortar-me e eu apenas sorri.
Era sábado hoje. Mandei-me para trás e deitei-me.
- Ouve lá, tens roupa para mim? – Perguntou Erik. Levantei a cabeça e ergui o sobrolho.
- Sim, está no quarto ao lado. Quarto do meu irmão. – Sorri.
- Tens um irmão? Não sabia. – Pareceu interessado.
- Ya, tenho. Onde é que querias que te tivesse arranjado os boxers? Ele foi suficientemente rebelde para ter saído de casa. Ele odeia que lhe deem ordens e odeia viver as custas dos outros, isto é, gosta de ser ele o boss. Sabes como é, lá onde ele mora, faz o que quer, quando quer, e porque quer, com quem quer. Está sempre em festas, e tem uma empresa de organização de festas/festivais. Quando há festas por aqui, ele faz questão de ser ele a organizar só para me ver. – Sorri com orgulho.
- Hum, pode ser que me dê bem com ele, se o vir um dia. – Olhou-me nos olhos.
Ri-me. – Queres conhece-lo é?
- Se der, porque não? – Esboçou um meio-sorriso.
- Ah Ah! A primeira vez em que não estamos a discutir. – Fiz uma careta.
- Vê lá se não é bom. – Levantou-se e espreguiçou-se. Valha-me deus, ia tento uma ataque cardíaco. Não é por nada mas ruivos são a minha perdição. Mordisquei o meu lábio inferior.
- Então não é, ó ruivinho. – Mandei-lhe uma almofada.
- Barbie. – Respondeu-me saindo do meu quarto e indo ao quarto ao lado.
Levantei-me e comecei a coçar os braços, depois o pescoço, a barriga, a cara… Mas que raio!
- Porque raio estou eu a ter tanta comichão? – A minha pele começava a ganhar vermelhidão. Erik apareceu.
- Estás com o mesmo problema que eu. – Ele também estava com comichão, a sua pele estava vermelha. – É DO SOL. – Gritou não muito alto e afastou-se para uma sombra.
- Bela merda. – Afastei-me também do sol que entrava pela minha janela. – A minha vida está arruinada, por completo.
- Não digas isso. – Ele já tinha a roupa na mão, era umas calças pretas e uma camisa branca.
- Não digo? Sou feia, por dentro e por fora. – Olhei para o teto. – Sou pálida, não posso usar roupas curtas, aposto que vou ter de andar com um casacão por cima e óculos, sou uma cabra, aposto que ninguém gosta de mim…
- Estás a ser dramática. E acho que essa não é a tua praia. – Não ouvia nada do que ele dizia.
- Não vou poder ir a praia e mostrar o corpo…
- Tatia. – Chamou-me.
- Porra, não vou poder fazer nada. Quero a minha vida de volta.
-Cala-te! Não és a única que está a “sofrer” com isto tudo. Eu vou ter de deixar a minha namorada para trás, vou ter de dar desculpas aos meus pais, vou ter de deixar de sair a tarde com alguns amigos… - Fique a olhar muito séria para ele e em algum choque também. – A vida não gira a tua volta, Tatia. Nunca é tudo sobre ti.
- Eu sei disso. – Fiz cara de má e fui ao armário tirar roupa. Puxei com força um vestido azul-marinho largo das ancas até ao joelho, com decote em forma de barco e com duas alças médias de grossura. Peguei também nas botas de cabedal com um salto médio e sai de lá. Quando ia a entrar na casa de banho apercebi-me do que tinha ouvido. Virei-me para ele com uma expressão confusa estampada no rosto. – Tens namorada?
Olhou para mim como se distraído.
- Tenho. – Olhou mais uma vez para mim acho que com certa pontada de mágoa e saiu do quarto para a sala. Mas depois voltou para trás com algo na mão. Sangue? – Toma. Por acaso fez-me bem acompanhar series de vampiros. Sai de noite e trouxe isto para ti. – Mandou os pacotes de sangue, certamente, do hospital e foi-se embora outra vez. – Vê se curas as feridas… - Disse mais para ele que para mim apesar de eu ter ouvido. Escondi os pacotes debaixo dos cobertores caso alguém entrasse no quarto.
- Tss… - Encolhi os ombros, entrei na casa de banho e observei a janela. Felizmente o sol não incidia os seus raios solares naquele local da casa.
Enchi a banheira grande de hidromassagem com água quente e sais de banho para fazer espuma. Depois de estar tudo pronto despi-me e entrei na banheira. Fechei os olhos relaxando…

por **Nunoks300** Sex Abr 13, 2012 1:51 am

Gostei do filler, mostras-te o um dos grandes problemas dos vampiros ;P

por **Tixa** Sex Abr 13, 2012 3:37 am

Que máximo, O Erik tem namorada, Trollooollooollo. xD

Realmente, não poder usar roupas curtas é uma chatice. xD As roupas que a Tatia usa no fim fizeram-me lembrar aquela gaja da novela da TVI. Ahaha. Mas percebi o objectivo.

Bom filler, keep it up! o/

por **Kheyos** Sex Abr 13, 2012 4:20 am

LOL a vida da Tatia acabou ahah não pelo facto do ruivo ter namorada porque aposto que ela pensa que consegue dar a volta à situação ahah mas nunca mais poder se exibir :O

Bom filler como habitual Razz