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Chapter 7 - You and I RtNZ1W6


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Chapter 7 - You and I

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Mensagem por mary Qua Abr 11, 2012 2:37 am

Chapter 7 – You and I


O nascer do sol estava quase a chegar. Não sabia qual era o efeito do sol em mim, em nós. Se nos matava, se não nos fazia nada. Eu não sabia grande coisa sobre mim agora. Parecia totalmente uma desconhecida. Nem sabia onde estava. Só sabia que tinha despistado os homens.
- Olha, está ali uma gruta. – Comentou Erik olhando atento. Tínhamos de novo as roupas que eles nos tinham dado, vestidas. Tinha também o colar. Olhei para aquilo e arranquei-o do pescoço e mandei-o ao chão. Erik reparou mas nada disse. Olhei para a gruta. Valha-me deus.
- Ai que nojo! Isto está tudo sujo. Não me vou sentar ai. – Cruzei os braços.
- Pronto, já começou. – Suspirou profundamente e revirou os olhos.
- Já começou o quê?
- Nada! – Resmungou.
O que é que eu tinha dito sobre as emoções? Pois.
- Se não gostas de mim como sou, o que queres que faça? Que mude? Não mudo por ninguém. – Sorri-lhe irónica e entrei na gruta.
- Quem disse que gosto de ti? – Riu-se. – E depois eu é que sou o convencido! – Levou as mãos ao ar.
A gruta estava cheia de musgo, silvas, e bichos. Tinha também pedras. Limpei com as mãos a pedra e sentei-me com cuidado e fazendo caretas, nela. Depois olhei para ele. – Ninguém, mas eu percebo isso! Pois és. Estás sempre a dizer que eu te vou querer.
Ele semicerrou os olhos entrando na gruta. – Deves estar a gozar comigo. Quem é que chegou ao pé de mim nos balneários, toda sorridente? De certeza que não fui eu. – Observou-a enquanto esperava uma resposta minha.
Soltei um grito de frustração. – E dai? Sou assim com quem quero.
- Tu queres dizer, és assim com os rapazes que queres comer. – Lançou-me um olhar frio. – Tu queres comer-me.
Calei-me. Não conseguia responder-lhe aquilo. Virei-me de costas para ele e senti as lágrimas a correrem-me pelo rosto. Ok, eu nunca choro. E agora com esta merda toda de ser vampira humilho-me.
- Estás a chorar? – Ouviu-o perto de mim.
-DEIXA-ME. – Gritei abanando a cabeça. – Uma vez li num livro que quando uma pessoa é transformada em vampiro que os seus sentimentos ao início ficam cada vez mais fortes, ou seja, se tu gostas de uma pessoa, vais achar e sentir que a amas, mas é simplesmente mentira e tu não consegues ver isso. – Citei dos meus pensamentos. – Portanto, eu não devia estar a chorar. Só o estou a fazer porque é automático.
- Está bem então.

O sol começou a nascer. Os vampiros das histórias queimam-se e morrem ao sol. Eu não queria tentar já para ver o que me acontecia. Preferi ficar ali mas ficar ali o dia todo presa com aquele sem comer e no meio da bicharada não era o que pretendia. Não falamos o dia todo. Sentia que o odiava, mas não era mesmo isso que estava a sentir. Estar ali com ele já me estava a por cada vez mais irritada e só me apetecia dar cabo dele. Sorri maliciosa.
Já devia ser de tarde quando me virei para ele. Ele olhou para mim e fez uma cara do tipo «o que foi?». Eu semicerrei os olhos e disse:
- Nunca mais vamos sair daqui. Estou farta de estar contigo.
Ele riu-se. – Isso é automático, não te esqueças.
Ergui o sobrolho e bufei. – Claaaaaro.
- Tatia. – Chamou.
- Hã?!
- Para onde é que vamos quando anoitecer? – Ele parecia preocupado.
- Tu vais para tua casa, eu vou para a minha, simples. – Sorri.
- Mas, tipo. – Fez uma pausa, pensativo. – Nós somos outras coisas agora, já não somos humanos.
Refleti por uns momentos. – Hum, é assim mesmo. O que queres que faça? Que te leve para minha casa? – Vi que ele estava sério e a olhar muito para mim.- Não, nem penses!
- Porque não? Seria a desculpa perfeita. A minha mãe quer que eu tenha algo contigo –
- O quê? A minha mãe também. Diz que és muito rico. – Ri-me.
- A minha mãe diz o mesmo de ti! – Riu-se. – Por isso seria a desculpa perfeita. – Suspirou – Mas como é? Quando anoitecer encontramos o caminho para a tua casa e bazamos para lá dizendo a tua mãe que fomos a um concerto em Lisboa e com o trânsito ficamos lá a dormir e só chegamos agora?
- Mas e a escola?
- A escola? Não sei… Pensamos nisso depois. – Sorriu calmamente.
Suspirei pensativa. Então ia leva-lo para minha casa? Dizer a minha mãe que nos demos muito bem e que temos algo? Fingir que o Miguel e o António não existem e que peço imensas desculpas de ter saído assim? Oh fogo, a minha vida é uma merda. É a primeira vez que digo isto dela.
- Ok, estou a dar em doida com isto tudo. – Baixei o olhar.
Ele encolheu os ombros. – Está quase a anoitecer. Devem faltar para ai umas horinhas, tipo, duas horas ou assim.

***


Tinha acabado de anoitecer. O sol trocou de lugar com a lua. Estava lua cheia. A lua cheia dava muita luz e brilho, o que nos facilitou o caminho. Saímos da gruta e começamos a caminhar por ali a fora. Não havia caminhos de cabras, não havia caminhos! Folhas secas no chão faziam com que quando as pisávamos, estalassem.
- Espera ai. – Subi para cima da rocha que formava a gruta e observei todo o local. Havia ali algo que me era conhecido. A escola! Ainda estávamos ao pé da escola! Oh meu deus. – Nós sempre estivemos ao pé da minha escola. Como é que isso é possível?
- Ele foi-me buscar a minha. Tipo, quando me ia a virar levei com algo que me fez desmaiar. – Comentou olhando à volta.
- Seguimos este caminho todo em frente – apontei – e vamos parar a escola. Depois sei o que fazer. – Virei-me para descer e saltei. – Vamos.
Percorremos todo o caminho correndo e andando. – Estou fraca.
- Estamos mesmo ao pé da escola, anda. – Já se via o gradeamento cinzento da escola, os edifícios e os muros rasos.
Reclamei que nem uma criança. – Tu comeste mais que eu! Querias o quê? Soube-te bem as quatro gajas de quem te alimentaste? – Fuzilei-o com os olhos.
Ele tossicou e disse baixo: – Sete.
- SETE?! – Gritei histericamente.
Pegou em mim pondo-me no ombro enquanto eu resmungava com ele.
- Eu só matei um, e pesa-me na consciência e tu matas-te sete?! És demais.
- Eu sei que sou demais. – Senti que ele estava convencido e que estava a sorrir.
- Larga-me! Está ali o meu carro. – Bati-lhe.
- O teu carro?
- Sim! Larga-me. – Suspirou e deixou-me lentamente. Recompus-me e corri para o carro tropeçando por vezes. Tentei abri-lo e deu. Sorri. – Ainda bem que sou esquecida. – Entrei para o banco do condutor e fechei a porta. Erik bateu no vidro com os nós dos dedos e sorriu. Revirei os olhos e abri a porta. – Que foi?
- Não vais conduzir, nem tem chaves. Sai daí.
Eu sai e ele entrou no carro. – Ora bem, vens aqui ao canhão da ignição, tiras estes fios e faz-se ligação direta. – Ele lá fez o que disse e o carro começou a trabalhar. Oh meu deus.
Ri-me de felicidade e entrei no lado do pendura, sentei-me. – A tua mãe sabe que andas a conduzir sem carta? – Perguntou Erik.
- Eu tenho uma carta falsa, querido. – Sorri manhosamente. – Nunca fui apanhada. Aparento mais de idade do que aquilo que tenho. Portanto. E os meus pais não se preocupam assim tanto comigo como deves pensar. E tu tens carta?
- Sim. Já tenho dezoito anos, miúda. – Sorriu e começou a conduzir.
Disse-lhe exatamente para onde deveria ir e em alguns minutos estávamos ao pé da porta de minha casa. Dei-lhe uma manta que tinha no carro e tapei-me com uma também, pois eu ainda tinha vários ferimentos e a minha mãe não podia nem sonhar o que se tinha passado. Saímos do carro e suspirei.
- Deixa-me olhar para a tua cara. – Disse a Erik. Ele pôs-se a minha frente e eu observei-lhe a cara a procura de restos de sangue seco. Nada, boa.
- Agora a minha vez. – Observou-me a cara e eu tinha restos de sangue no lábio. Ele olhava-me nos olhos e sorria. E com isso eu também comecei a sorrir. Erik limpou o sangue da minha boca e eu, parecendo que acordei, comecei a resmungar.
- Obrigada. – Sacudi o cabelo e bati à porta.
A empregada abriu-nos a porta contente por nos ver. – A sua mãe estava muito preocupada consigo, menina Tatia. – Sorri e abracei-a e a mulher ficou confusa.
- Tive saudades tuas, Ana. – Senti algo nas minhas costas, virei-me para Erik. O plano! – Vamos entrar. – Entramos em casa e os meus pais apareceram.
- Tatiana! Onde é que se meteu? – Perguntou o meu pai preocupadíssimo.
- Permita-me que lhe responda, Senhor Bladinova. – Erik estava sério e estava ao meu lado. Nunca o tinha visto tão educado, nem no jantar. O meu pai assentiu. – A Tatia disse-me que ia sair naquela noite em que discutiram. Ela veio ter comigo e eu tentei traze-la a casa mas ela não deixou. – Sorriu para mim. – Como vi que ela queria tanto ir a um concerto que passou na TV, levei-a. Como havia muito transito para cá por causa de um jogo de futebol ficamos lá a dormir num hotel e chegamos agora mesmo. – Sorriu educadamente.
Eu não cairia nesta história mas…
- Obrigado, Erik, por se explicar. Agradeço muito ter sido o senhor a estar com a minha filha. Se fosse outro qualquer, como aquele Miguel – levou as mãos ao ar – Não saberia o que tinha feito.
Eu ia para começar a resmungar mas o Erik falou.
- E, senhor, permita-me agradecer-lhe o belo jantar do outro dia, deu sim para conhecer a sua querida filha. – Aqui comecei a rir-se desalmadamente. O ruivinho bateu-me nas costas ao de leve e continuou. – E queria notifica-lo que estamos num relacionamento. – Olhei para ele com cara de espanto.
- Oh, Erik, fico muito contente por essa novidade. – Deu-lhe um abraço de homem felicitando-o.
Eu interrompi. – Bem, mãe, pai, ele dorme cá hoje, podem avisar os pais dele? – Puxei o braço do Erik e levei-o lá para cima. – És o segundo rapaz que vê o meu quarto. – Abri as portas da sala. – Vais ficar aqui a dormir. – Caminhei para o meu quarto e abri a porta. – E aqui é onde eu durmo.
Ele arregalou os olhos. – Bem, que é isto? Eu sou rico e não tenho um quarto tão grande.
- Azar. – Suspirei. – Podes ir. – Sentei-me ao portátil e abri a tampa. Ouvi ele mandar-se para a minha cama e a espreguiçar-se. Virei-me para trás. – Nem penses que te vais deitar na minha cama. Ainda por cima com essa roupa! – Senti-me irritada. – Ao menos vai tomar banho! Tens a porcaria da casa de banho à tua disposição. – Ergui as sobrancelhas.
- Coitadinha da menina, está tão sensível. – Riu-se.
- Mexe-te.
Ele levantou-se e ergueu as mãos em sinal de rendição. – Pronto, pronto eu vou. – Tirou a camisa ali mesmo à minha frente. Awwww. Não é que eu já não tenho visto, mas é sempre bom ver rapazes em tronco nu. Que perdição. Elevou as sobrancelhas para mim.
- Ui, que ele hoje está-se a armar em macho. – Ri-me ironicamente e revirei os olhos.
- Vou tomar banho então. – Abriu a porta da casa de banho e entrou nela. Passado uns minutos, ele abriu-a novamente só mostrando a cabeça e um pouco do peito. – Queres vir comigo? – Gozou. Peguei numa almofada e mandei-a contra a sua cara. Ele só se ria e eu pronto, rendi-me e ri-me também.
Acho que pela primeira vez na minha vida passei tanto tempo com um rapaz sem o beijar.

--
Este teve de passar um bocado depressa porque tipo, não havia razão para eles ficarem muito tempo fora da civilização xD Ah, peço desculpa se aquilo do carro nao tá bem, nao sou expert nessas cenas u.u Boa leitura :3
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Mensagem por Tixa Qua Abr 11, 2012 3:25 am

Graaande Fiiler. xD

Porra que a Tatia é intratável, jesus, que mau feitio. xD

Achei piada, keep going! o/
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Mensagem por Tsutao Qua Abr 11, 2012 4:01 am

O Filler ficou porreiro Mary ^^

Acho que pela primeira vez na minha vida passei tanto tempo com um rapaz sem o beijar.
Tatia have a new achievement!

Agora vamos ver no que a relação entre ambos dá... continua ^^

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Mensagem por Eve F. Qua Abr 11, 2012 4:42 am

aushaushaushaushuahsuahsuahsuahsuahsuah ótimo chapter Mary
a cena da gruta é bem a cara dela "ui que nojinho" hahahahahaha
mary escreveu:- Vou tomar banho então. – Abriu a porta da casa de banho e entrou nela. Passado uns minutos, ele abriu-a novamente só mostrando a cabeça e um pouco do peito. – Queres vir comigo?
hohoho, olha que eu ia Twisted Evil
manda mais o/
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Mensagem por Kheyos Qua Abr 11, 2012 4:53 am

Acho que pela primeira vez na minha vida passei tanto tempo com um rapaz sem o beijar.

AHAH muita bom xD
Tati não muda, feitiozinho xD keep going ^^
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Mensagem por Luffy Sex Abr 13, 2012 5:41 am

A tua história é baseada no nosso romance mary?

tu tens 16 como a tatia, e eu tenho 18 e carta de condução como o Erik Razz
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Mensagem por Shadow Qua Abr 25, 2012 4:55 am

Romances entre vampiros, meh... O Dracula (o verdadeiro vampiro) tinha três mulheres e eram só para for...
Já só faltam dois XD
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Mensagem por Zoro Sáb Abr 28, 2012 9:51 am

Mais um bom filler mary. ^^
Estou a gostar desta relação destes dois.
Será que vai dar em alguma coisa?
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