[T1 - Dimitri Arkavnéa] Filler 3 - Invasão à barragem like a boss

Os minutos a seguir passaram-se a correr. Numa fração de segundo, os três drogados haviam-se equipado até aos dentes com armas e munição, haviam coberto as suas caras com óculos escuros, dando especial atenção a Dimitri e Danya que haviam colocado um cigarro na boca, e haviam descido as escadas do apartamento até saírem para foram do vasto prédio encarando as frenéticas e quentes ruas do Cairo.
-Para a van, rápido, rápido! – Gritava Amunet desbloqueando as portas da carrinha branca à frente deles.
Os companheiros russos acataram a ordem rapidamente, afastavam uma das portas laterais com um pequeno deslize e entravam de uma forma desorganizada. O Galo ainda teve tempo de piscar o olho a uma egípcia que estava a passar, recebendo um sorriso sensual como resposta, antes de entrar para a frente da carrinha preparando-se logo para ligar.
-Muito bem caras pálidas, sabem o que temos de fazer certo? – Perguntou o guia depois de dar a chave e receber o som do motor a trabalhar perfeitamente como resposta. Esboçou um sorriso antes de pisar fundo o acelerador e virar o volante por completo desviando-se por completo de uma árvore que estava à frente do veículo e encaixando-se perfeitamente nas faixas da estrada.
-É claro! – Gritou Danya olhando para a Uzi que trazia consigo com um sorriso de satisfação – Entramos na base perto da barragem, fazemos uns quantos “headshots”, salvamos a garina e depois PARTY AT NIGHT! – Gritou com ênfase vendo que Dimitri aprovava a ideia com um abanar positivo da cabeça e, só depois, fumar mais um pouco do seu cigarro.
Amunet correspondeu com um grito de guerra e os pneus da carrinha chiaram quando se sentiram a raspar no abrasador alcatrão daquela cidade mediante a van tentava fazer um “peão” não esmagando por pouco um carro que ia a passar.
Após minutos de viagem e de algumas interrupções, os três companheiros conseguiram sair da cidade do Cairo e aventuravam-se no deserto seguindo na direção do rio Nilo. No asfalto, Dimitri e Danya cantavam uma típica canção russa enquanto partilhavam entre si cigarros e cigarros enquanto Amunet tentavam ter controlo sobre as rodas da carrinha que sempre lhe pareciam fugir quando pisoteavam uma rocha ou outra.
Finalmente estes já estavam a conduzir numa área deserta perto do rio Nilo sem muita gente ao seu redor. Mais à frente encontrava-se uma extensa muralha branca e cobria um grande perímetro numa das margens do rio. Dentro da muralha encontrava-se um edifício retangular e uma construção, completamente vazia e incompleta, próxima ao rio.
-Já chegamos Galo? – Perguntou Dimitri num riso despropositado retirando um cigarro da boca de Danya e sugando o conteúdo lá contido para depois o exalar numa expiração de prazer e puro excitamento.
-Yeah bitches! – Gritou o egípcio apontando para uma muralha fragilmente acinzentada com um grande portão negro a servir como única entrada – Vocês vão entrar lá dentro drogados?
-Claro, vamos matar com style! – Grunhiu Danya aproximando-se desajeitadamente dos bancos da frente e olhando pela janela vendo um único portão a servir como barreira para ele poderem completar a diversão de hoje. Quando a carrinha estava a poucos metros de distância é que este estendeu um punho fechado na direção da barreira e gritou ao ouvido de Amunet – ENTRA LIKE A BOSS!
Todos os homens encapuçados que estavam a fazer patrulha no perímetro em redor da base assustaram-se quando sentiram um baque no portão, numa fração de segundos este fora levado à frente por uma van que entrava de rompante no perímetro deles de forma esmagadora.
-THIS IS SPARTA! – Gritou o Vagabundo colocando-se em uma das janelas e disparando com a Uzi aleatoriamente matando ou ferindo gravemente alguns homens que ainda não acreditavam no que estava a acontecer.
Só quando Danya dera a cara e começara a disparar como um maluco, é que os homens se apercebiam do ataque e procuravam refúgio atrás de algumas pedras constituintes do perímetro ou atrás de pequenos muros de madeira feitos especialmente para este tipo de eventos. Danya gritava insanamente, só parando quando se apercebera que a Uzi estava vazia, num gesto brusco este arremessava-a para o lado e retirava uma pequena bola esburacada de cor verde e com um gatilho castanho na zona superior.
-FIRE IN THE HOLE! – Gritou Vagabundo antes de retirar o gatilho com o anelar e arremessar com a pequena bola explosiva para bem longe da van. A bola rodopiou no ar à medida que o tempo passava só batendo violentamente contra o solo perto de um muro de madeira. Os homens que se haviam coberto do fogo por detrás do muro olhavam estupefactos quando o “brinquedo” embatia no solo perto deles e ainda saltitava um pouco para mais perto, mas só se lembraram de fugir quando esta lhes havia explodido na cara – Killing spree! – Festejou, agora com a Uzi na mão mais uma vez e recarregada pronta para dar outra aleatória sentença de morte.
-VAGABUNDO! Não uses as granadas assim! Estás parvo? – Berrava Amunet enquanto tentava ter controlo sobre a carrinha desviando-se de alguns muros ou, em casos extremos, vendo-se obrigado a levá-los à frente tal igual ao portão – Porra porque é que te foste drogar! A entrada para a base está ali à frente, continuem a resistir!
Dimitri dera um pontapé violento nas portas traseiras da carrinha e estas afastavam-se para ambos os lados. A carrinha abana e rapaz de cabelos grisalhos agarra-se a um ferro que estava preso ao teto do veículo para não se desequilibrar. A estabilidade voltava e este já se podia dar ao luxo de debruçar e disparar sobre os guardas que abriam fogo sobre eles por detrás dos pequenos muros de madeira.
-CHEGÁMOS! – Berrou Amunet na frente da carrinha, parando-a quando estavam relativamente perto de uma espécie de porta de garagem esverdeada.
-Danya, ajuda-me! – Gritava Dimitri completamente zonzo enquanto este retirava um tapete que cobria o chão da van revelando uma superfície lisa e metálica que esteve sempre escondida.
O Vagabundo ainda deu uns últimos disparos antes de voltar a atirar com a Uzi contra um canto e debruçar-se para apoiar Dimitri na sua tarefa. Numa fração de segundos estes levantaram a superfície metálica e correram na direção das traseiras da carrinha arremessando-a para o solo arenoso mas para perto das portas usando-as como apoios para se manter de pé. Os disparos por parte do inimigo eram incessantes e estes ricocheteavam com as paredes resistentes da van. Amunet abaixara-se para perto dos pedais quando sentira uma bala a penetrar pela janela lateral mais próxima de si e a sair pela outra janela, quebrando ambas e enchendo o interior de estilhaços de vidros.
-Não é hoje que vou morrer! Não é hoje que vou morrer! – Rezava o egípcio enquanto retirava uma caçadeira de um compartimento ocultado por debaixo do banco do condutor e carregava a arma com uma bala de cada vez repetindo sempre a mesma frase para si mesmo.
Outra granada era atirada das traseiras da carrinha, só que desta vez não fora visada para ninguém em especial. Segundos depois a mesma explode criando uma densa cortina de fumo que se estendia até cobrir o perímetro todo à volta do veículo branco. Aproveitando o momento de invisibilidade, ambos os russos atiram-se de cabeça para as costas da superfície metálica que haviam atirado para o solo momentos atrás e ambos mantinham-se lá cobertos á espera que o fumo passasse para terem maior visibilidade ouvindo balas e balas a chocarem contra a superfície que os cobria e a chocalharem contra as portas traseiras ainda abertas.
-Relaxa, os reforços estão para chegar! – Murmurava Dimitri dando uma rápida olhada para cima vendo que o fumo já havia desaparecido – VAMO-NOS A ELES!
Danya correspondera o sentimento com um estrondoso grito, levantando-se totalmente e, desta vez, com duas Uzis nas mãos. Fazia gestos horizontais com as mesmas mediante disparava aleatoriamente e gritava como um maluco obrigando o inimigo a manter-se coberto perante aquele ataque maluco mas eficaz. Dimitri, no entanto, encostava-se contra a areia de barriga, deitando-se por completo no chão no flanco direito da superfície, e disparava ocasionalmente quando reparava que o inimigo dava a cara em tentativas vãs de neutralizar o drogado que os atacava.
-HEADSHOTS FOR EVERYBODY! – Festejava o Vagabundo, calando-se quando deixava de ouvir o habitual som das suas armas a disparar. Olha a seu redor apercebendo-se que o inimigo já começava a levantar-se para disparar na sua direção. Este abaixa-se a tempo de esquivar uma bala que passa por aquele local segundos depois e atira com as Uzi`s para dentro da van – Douradinho fiquei sem munição!
-Relaxa – Acalmava o seu amigo russo retirando-se da sua posição e encostando-se confortavelmente com as costas na superfície recebendo uma careta de Danya como resposta.
Afastado da base a uns metros, distinguia-se pelo “buraco” feito na muralha quando a van levara o portão à frente que mais cinco carrinhas negras eram conduzidas na direção dos três companheiros.